O Ciclo do Divino Espírito Santo começou oficialmente nesta quinta-feira, 25 de maio, na sede da IDES (Irmandade do Divino Espírito Santo), no Centro de Florianópolis. A comunidade foi a primeira a inserir as festividades na Capital e comemora 250 anos de tradição com uma programação que ocorre até domingo (28).

A celebração centenária é proveniente dos açorianos e é considerada patrimônio imaterial e intangível de Santa Catarina e patrimônio cultural de Florianópolis. A festividade neste ano é intitulada como a “Divina Festa – a festa da família”.

Conforme a presidente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, Roseli Pereira, a festa reúne toda a comunidade para compartilharem um momento de partilha, solidariedade, fé e a perpetuação da cultura da Ilha. “Estas festas só acontecem porque ela vai se mantendo por gerações e aqui é um momento que trabalha as várias gerações. É uma festa que transcende”, destaca Roseli.

É o caso do jornalista Roni Ramos e da sua filha Ana Clara Ramos, de 8 anos. Eles moram na região e frequentam o festejo há quatro anos. “Quando nos mudamos para cá, ela tinha dois anos e aí trouxemos ela todas as vezes”, conta Ramos.

Segundo o provedor da Irmandade, Paulo Teixeira do Valle Pereira, a programação foi pensada com carinho para que todos os familiares pudessem aproveitar o evento. 

A expectativa, de acordo com a coordenadora do evento, Marcia Aparecida Teixeira Barbosa, é de 7 mil pessoas durante os quatro dias de evento. “Estamos com uma programação completa para todos. Além das missas, também teremos bingo na sexta-feira e barraquinhas de pescaria e roleta”, conta Márcia.

Márcia acredita que, por conta da divulgação e pela pausa de três anos por causa da pandemia, a festa no Centro será animada. “Estamos muito felizes de realizar esta festa, voltando para o presencial 100%, e por poder comemorar 250 de Irmandade”, relata.

Casal festeiro 2023

A festa carrega série de simbologias, que representam a devoção ao Espírito Santo, dentre elas: a bandeira, o cetro, a salva, a coroa, as cantorias, as promessas, os pãezinhos, os bailes, os bingos, a missa solene, as novenas, as bênçãos e peditórios, além da procissão da corte imperial e coroação do imperador.

A escolha do casal festeiro que representa a comunidade durante o ano também é uma dessas tradições, conforme cita Roseli. Eles são a figura central nos rituais e organização da festa e também responsáveis pelas finanças, assumindo pessoalmente o custeio de parte dos festejos, como os trajes da Corte Imperial e a ornamentação do espaço.

Neste ano, a comunidade do Centro escolheu o presidente do Grupo ND, Marcelo Corrêa Petrelli e a mulher, Judith Petrelli, como festeiros. “É um grande privilégio eu a minha esposa Judith sermos o casal festeiro dessa comunidade que completa 250 anos”, aponta Petreli. “Fomos convidados no ano passado e pessoalmente fiquei bastante lisonjeado e até emocionado porque temos uma relação muito forte com a Irmandade”.

Para Judith, foi uma honra ter participado das reuniões e ter contribuído com ideias para o festejo. “Além de festeiros, representarmos a comunidade nesta data emblemática foi muito importante para nós. É uma instituição à qual temos muita devoção. Foi uma honra”, revela.

A Festa do Divino do Centro será encerrada no domingo (28), com programação a partir das 10h15, quando ocorre o solene Cortejo Imperial da Ides, seguido da Missa de Pentecostes e a cerimônia de coroação do Imperador. Por fim, ocorre a solenidade de encerramento da Divina Festa, às 20h.

“Quero reforçar o meu convite para que todos possam vir aqui conhecer. É uma festa de fé, de união familiar, de relação para o bem. Que as pessoas possam passar aqui, conhecer e poder ter um pouco deste compartilhamento da festa do Divino Espírito Santo”, reforça Petrelli.

Fonte/Imagem: ND+

Deixe seu Comentário