9 de julho de 2024
Em 1965, o Brasil vivia um período crítico de sua história política com a promulgação do Ato Institucional Número Dois (AI-2), que extinguiu todos os partidos políticos, eliminando o multipartidarismo. Em resposta, no ano seguinte, formaram-se dois novos partidos: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), pró-governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição. Este bipartidarismo durou até 1979, enquanto o regime autoritário persistiu até 1985. A ARENA funcionava como partido governante, e o MDB, com influência marginal, não tinha poder real para alterar os rumos do país.
Com o declínio do regime militar no início dos anos 1980, emergiram novas forças políticas, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT). Dissidências do PT levaram à criação de partidos socialistas como o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), o Partido da Causa Operária (PCO), o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o PSB Partido Socialista Brasileiro.
Atualmente, o Brasil tem 29 partidos registrados, dos quais 13 são socialistas e 16 supostamente, liberais, embora a convicção política destes últimos seja frequentemente questionada. Alguns segmentos da população veem todos os partidos como essencialmente iguais, uma percepção equivocada considerando os objetivos e ideologias dos partidos socialistas. Os socialistas sabem o que querem e o que fazer, os liberais, feitos baratas tontas, se aliam aos socialistas em busca de alguns trocados.
Entre os partidos socialistas, há diversidade de correntes, desde trotskistas a maoístas, refletindo a pluralidade de pensamentos. Todos os partidos socialistas são francamente favoráveis a intervenção estatal e contra a propriedade privada, além de abraçar teses progressistas que vão contra os valores conservadores da nação.
Neste último domingo (07/07/2024) na CPAC – Conservative Political Action Conference, no Balneário Camboriú, os liberais deram uma demonstração de que estão mais conscientizados. Com Milei e Bolsonaro à frente, debateram o futuro do liberalismo no Brasil e no mundo. É um avanço.
Afinal quais os valores do liberalismo? Os conservadores gritavam, Deus, Pátria, Liberdade, cujos termos podem ser traduzidos por: defesa da vida e direitos individuais, a propriedade privada, o livre comércio e a democracia. Estes pilares estão presentes nos melhores países democráticos e desenvolvidos.
Vale repetir que os princípios marxistas que fundamentam muitos partidos socialistas visam uma socialização da economia, abolindo propriedade privada e o livre comércio. Embora se autodenominem democráticos, seus objetivos incluem a implementação de um sistema socialista sob um partido único. A história de nações como China, Cuba e Venezuela serve como lembrete das potenciais consequências de ideologias radicalmente socialistas.
Dilvo Vicente Tirloni (Administrador, presidente do MDV - Movimento Dias Velho)