GREVE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO EM FLORIANÓPOLIS: ESCOLAS FECHADAS, SERVIÇOS AFETADOS E IMPASSE COM A PREFEITURA
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Da redação
A greve dos servidores públicos de Florianópolis contra a reforma da previdência proposta pelo executivo municipal chegou ao sexto dia nesta terça-feira (18), com impactos significativos em escolas e serviços de saúde.
Impacto nas escolas
- 56,4% dos profissionais da educação básica estão paralisados total ou parcialmente.
- Seis unidades de educação básica municipal estão sem atendimento.
- 30 escolas aderiram à greve parcialmente.
- Apenas três escolas continuam funcionando integralmente.
Impacto nos Núcleos de Educação Infantil (NEIMs)
- Seis NEIMs não estão atendendo.
- 67 funcionam parcialmente.
- 11 operam normalmente.
Impacto na Saúde:
- 17,59% dos servidores da saúde estão em greve, de acordo com balanço da prefeitura.
- Os centros de saúde mais afetados são: Itacorubi, Estreito, Novo Continente, Cachoeira do Bom Jesus, Ingleses e Trindade.
- As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) continuam funcionando normalmente, com equipes reforçadas.
Veja a reação do Sindicato
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) avalia a proposta de reforma da previdência como um ataque ao serviço público e parte de um plano para prejudicar as aposentadorias. O sindicato alega que o projeto aumenta o tempo de serviço de contribuição, impacta a aposentadoria especial e taxa aposentados, além de descumprir o acordo para chamar efetivos do concurso público no magistério e na saúde.
Posicionamento do prefeito
O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, defende a reforma da previdência como a única maneira de garantir a aposentadoria dos servidores no futuro. Ele afirma que o projeto é necessário para equilibrar as contas públicas e evitar um colapso no sistema previdenciário municipal. O prefeito se mostra aberto ao diálogo com os servidores, mas não cede às pressões do sindicato para retirar o projeto de reforma da previdência.
Audiência de Conciliação
Uma audiência de conciliação entre grevistas e o executivo municipal estava agendada para esta tarde. A expectativa é que a reunião possa trazer avanços na negociação e uma solução para o impasse.
Ilegalidade da Greve
A greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que determinou multa diária de R$ 200 mil ao sindicato. No entanto, o Sintrasem mantém a paralisação e busca apoio da população para pressionar a prefeitura a atender as demandas dos servidores.
Próximos Passos
Ainda não há previsão para o fim da greve. O impasse entre servidores e prefeitura persiste, e a audiência de conciliação é vista como uma oportunidade para encontrar um caminho para o diálogo e a negociação. A população de Florianópolis acompanha com apreensão os desdobramentos da greve, que afeta serviços essenciais como educação e saúde.
Imagem: Reprodução NSC